domingo, 21 de junho de 2015

Maria Bethânia Uma Homenagem

Maria Bethânia 50 anos de Carreira

Manoel de Santa Maria - Junho, 2015

Conclamo os deuses da músicaCapa Cordel Maria Betânia 001
e as musas da poesia,
nesta tarefa suprema,
elevada primazia
de galgar o pedestal
da Rainha musical
do Brasil e da Bahia!

Filha de Dona Canô
e maninha de Caetano.
Diva maior da canção,
classificada num plano
de valor incalculável,
e sua saga notável
comemorada este ano!

Claro que exalto BethâniaSanta Maria e Maria Betânia
nesta sintonia fina:
Rio quatro cinco zero...
coincidência divina!
Sua celebra aos cinquenta,
quando celebra os setenta
nossa Feira Nordestina

Um folheto de Cordel,
nem um livro caberia
a rica história de vida,
trajetória luzidia
da estrela sempre ascendenteCordel Maria Betãnia verso 001
que fulgura imponente
no seu céu da melodia!

(Pág.1) do total de 8 páginas do Cordel Maria Bethânia – Uma Homenagem.

Este e muitos outros cordéis de Manoel de Santa Maria podem ser adquiridos entrando em contato diretamente com o autor Manoel de Santa Maria Tel.: (22) 98817-5288 e 99877-8581 ou pelo e-mail: msantamariacordel14@hotmail.com ou ainda cordelistasantamaria@gmail.com

sábado, 20 de junho de 2015

Algumas (Ir)reflexões de Manoel de Santa Maria

Pensamentos Avulsos do Cordelista  Manoel de Santa Maria

 

A pior Justiça é aquela que não quer ver!Justiça Cega Charge de Venâncio

Eu acredito que Congressistas fazem esforço concentrado...

no banheiro, com prisão de ventre!

O homo sapiens politiqueirus brasiliensis é um animal racional,

mamífero, vertebrado, bípede... e CORRUPTO!

 

 

 


Faço versos porque gosto Santa Maria xilogravura

de respirar poesia.

Poeta ganhar dinheiro

no Brasil é utopia!

O ladrão assalta banco,

armazém e padaria,

mas nunca vi assaltante

que roubasse livraria.

Falei e assino embaixo:

Manoel de Santa Maria!


ACRÓSTICO

Meu mundo não tem fronteiras,

A minha sina é voar

Nas asas do pensamento,

Onde um verso me levar.

Empunhando a minha lira

Lanço ao mundo o meu cantar!

(de)

Sou água na pedra dura,

Atirado, combatente.

Nó na madeira de lei,

Tatuagem permanente,

A caneta é minha espada...

Meu verso é grão e semente;

Assanhado, renitente,

Romântico bandoleiro,

Incansável, brasileiro,

Anarquista diferente!

PROFISSÃO DE FÉ STA MARIA 06

Aqui explico meu nome

a você que não sabia.

Eu vim de Minas Gerais,

nascido em Santa Maria

do Rio Suaçuí.

Lá no Nordeste eu bebi

inspiração, poesia!

No Cordel homenageio

minha mãe, que era Maria,

e minha terra natal

de onde eu parti um dia

andejo, meditabundo...

tornei-me filho do mundo,

amante da poesia!

Eu sou mineiro e não nego

e nem fujo ao meu destino.

O Cordel me corre as veias

desde os tempos de menino.

Sou lá das Minas Gerais,

mas no peito bate em paz

um coração nordestino!

Deus, que me banhou na arte

suprema da poesia

não me concedeu, porém, chapéu de nordestino

que eu viesse à luz do dia

no coração do Nordeste,

p’ra ser um cabra da peste

conforme eu tanto queria!

Nordestinos, reis na arte

do Cordel e do Repente.

Aos vossos pés eu me curvo,

vos saúdo humildemente.

No Centro Sul eu nasci,

em vossa fonte bebi...

busquei do verso a semente!

De vós, meus mestres na pena,

a bênção quero alcançar.

Ungido por vossas mãos

cavaleiro me sagrar,

e nos caminhos da vida

do povo a imensa lida

descrever e versejar!

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Biografia do Autor.

Cordelista Manoel de Santa Maria

Nascido em Santa Maria do Suaçuí, no Leste de Minas, o autor, aos dois anos de idade, foi levado para Governador Valadares, onde sua família fixou residência, praticamente alfabetizou-se lendo os grandes clássicos da Literatura de Cordel para seu pai, Antônio Leandro, analfabeto, mas que se
Monumento a Nossa Senhora
Em Santa Maria do Suaçuí-MG
deliciava escutando romances e as pelejas do tipo: Pavão Misterioso, Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum, Coco Verde e Melancia, Canção de Fogo, Pedro Malazartes, João Grilo, etc. 

O autor fez seus primeiros estudos em Governador Valadares, no Colégio Ibituruna (externato da Congregação dos Padres Escolápios  (espanhóis).

Governador Valadares situava-se à margem da rodovia Rio-Bahia, rota natural dos nordestinos que, a bordo dos tradicionais caminhões paus-de-arara, em sua grande maioria destinavam-se a São Paulo, capital. Esses retirantes, via de regra, traziam na bagagem os folhetos de Cordel e os colocavam à venda na cidade.

Antes de entrar para a faculdade, Manoel Alves de Sousa ou de Santa Maria já falava Espanhol e falava, escrevia e traduzia Inglês como autodidata, após cultivar o saudável hábito de ler todas as gramáticas que conseguia adquirir com seus parcos recursos nos sebos da Praça Tiradentes e da Rua São José, na cidade do Rio Janeiro.

Após lecionar e ser guia de turismo no Rio empregou-se no Consulado Americano, sendo logo transferido para a Embaixada Americana em Brasília, onde também trabalhou na Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).

O autor cursou Letras Português/Inglês na FAHUPE do Campo de São Cristóvão e também capacitou-se ao certificado de Proficiência (7 anos) em Inglês emitido pelo Escritório da ONU (Organização das Nações Unidas/New York).

Exerceu o Magistério até 1982, após seu retorno de Brasília, e com residência fixa em Araruama. 

De 1982 a 2008 desempenhou várias funções em diferentes plataformas e navios de prospecção de petróleo como por exemplo as funções de Rádio Operador, Intérprete, Supervisor de Segurança no Trabalho e Operador de Lastro. 

Foi na atmosfera de solidão acompanhada do regime de confinamento das embarcações que o autor produziu a maior parte dos seus livretos de Cordel.

A propósito, vamos conferir duas estrofes do folheto: 

“O Petroleiro”.

Ser petroleiro é ficar/Quatorze dias ausente/Da esposa ou namorada/
Sem ver amigo ou parente/É ler notícia atrasada/É uma saudade danada/
Que inunda o peito da gente!
Sabe lá o que é passar/Metade de nossas vidas/Reféns do confinamento/
Sem as pessoas queridas/Pois o tempo não espera/E a gente não recupera/
Coisas idas e vividas!

O autor já divulgou e pesquisou a presença da Literatura de Cordel em outros países, aproveitando o ensejo de suas viagens a trabalho ou fazendo cursos da área de petróleo. É membro cofundador da ABLC (Academia Brasileira de Literatura de Cordel), e recentemente da Academia Araruamense de Letras ocupando a cadeira de número 4 que tem como patrono o Cordelista Leandro Gomes de Barros. 

Faz palestras e exposições nas escolas e expõe suas obras nas praças, feiras, calçadas, feiras livres, bares etc, e também comparece todos os domingos à Praça do Repentista do Centro de Tradições Nordestinas Luiz Gonzaga/Nova Feira de São Cristóvão, onde expõe os seus trabalhos de Cordel.


Gonçalo Ferreira da Silva 
Presidente da ABLC